sábado, 13 de setembro de 2008

Uma classe inexistente

A revista britânica "The Economist" dessa semana diz que "o Brasil já é um país de classe média". Pela matéria que eu li no oglobo.com.br os padrões de classe média mudaram(o próprio jornal, há algum tempo atrás, publicou uma matéria chamada "A nova classe média).
Com facilidades de compras(prestações e crediários), mais empregos criados ( 40% a mais nos 12 meses até Julho), melhor nível de educação ( estima-se que os alunos fiquem mais tempo na escola do que nos anos 90) e migração de empregos do mercado informal para o formal, a classe média toma um novo rumo.

Vamos analisar esses pontos?
- Facilidade de compra: a pessoa faz tanta prestação e crediário que sua lista de dívidas não acaba e ela não tem dinheiro para as coisas básicas. Possui uma geladeira de última geração mas não tem comida para colocar dentro dela.
- Mais empregos criados: isso é bom, mas não o suficiente. As filas de desempregados só aumenta e a maioria dessas vagas são criadas nos grandes centros urbanos, o que força o êxodo para as metrópoles.
-Melhor nível de educação: Não há investimentos na educação pública e a particular cada vez mais se torna uma empresa.
- Migração do mercado informal para o formal: preciso comentar? Obivamente isso é muito escasso, a quantidade de trabalhos informais ( que é o ganha-pão de muitas famílias) ainda é muito grande.

Agora me respondam: somos um país de classe média ou simplesmente maquiamos uma classe mais pobre e a inserimos nesse meio, criando assim uma classe média só nossa e que não leva em consideração o PIB e as coisas que realmente dividem as classes?

Matéria no The Economist: http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=12208726

Crédito da foto para o mesmo.

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