sexta-feira, 19 de setembro de 2008

E com a palavra, o Presidente...


O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse nesta sexta-feira que não quer disputas com o Ocidente e que a Otan foi a responsável pelo conflito na Geórgia, no mês passado.
O presidente-fantasma (vamos admitir que muito gente acha que o Putin ainda é o presidente) disse que o papel da Otan com relação ao que aconteceu na Geórgia mostrou a incapacidade da organização em garantir a segurança na Europa e que há necessidade de outro mecanismo de segurança.
Um dia antes, Condoleezza Rice (outra que aparece mais que o presidente) disse que a Rússia tinha feito "uma virada sombria" e exigiu que o Ocidente se defenda da intimidação dos russos ( e eu exijo que o mundo se defenda da intimidação dos americanos, infelizmente nem tudo é possível).
A "reposta" de Medvedev foi objetiva: "Estamos sendo empurrados por um caminho que não é fundamentado na parceria completa e civilizada com os outros países, mas em desenvolvimento autônomo, atrás de muros grossos, atrás de uma cortina de ferro".
James Appathurai, porta-voz da Otan, respondeu: "Não há nada provocativo na parceria e também não há nada provocativo em promover reformas democráticas e econômicas (da última vez que os EUA tentou fazer isso teve guerra, literalmente), além de apoiar um país em suas intenções de se aproximar da comunidade "Euro-Atlântico".
Desde que a briga fique no campo verbal, e que os Estados Unidos não se esqueça que o arsenal nuclear da Rússia é impressionante, eu não me meto, até porque o que eu posso fazer?
Fato é: numa época em que todos os territórios estão demarcados, há leis e várias cúpulas e organizações para resolver os problemas, pra que guerra? Já ficou comprovado que tal ato só piora as coisas e deixa até o "vencedor" (sim, porque não há vencedor em uma guerra) catando os pedaços.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Problemas e Conspirações


O grande primeiro desafio da UnaSul(União das Nações Sul-Americanas) será enfrentado hoje. A cúpula se reúne para ajudar a Bolívia à superar a crise política.
O encontro conta com presidentes e representantes dos 12 países que integram a UnaSul.
A reunião de hoje pode determinar o futuro do bloco. Analistas chegaram à conclusão de que o resultado é muito importante para a Bolívia e para o Continente ( levanta a mão quem mais chegou à essa conclusão). Caso a mediação fracasse, a ingerência de assuntos internos da Venezuela pode aumentar (são 12 países, todo mundo querendo se ajudar, eu acho, com jeitnho, eles conseguem...).
Como de costume, Chávez disse que há suspeita de uma conspiração comandada pelos Estados Unidos e propôs a criação de um movimento armado na Bolívia para enfrentar a suposta maquinação.
Que tudo der certo. A última coisa que precisamos é um exército de seguidores de Chávez atrás de americanos...

sábado, 13 de setembro de 2008

Uma classe inexistente

A revista britânica "The Economist" dessa semana diz que "o Brasil já é um país de classe média". Pela matéria que eu li no oglobo.com.br os padrões de classe média mudaram(o próprio jornal, há algum tempo atrás, publicou uma matéria chamada "A nova classe média).
Com facilidades de compras(prestações e crediários), mais empregos criados ( 40% a mais nos 12 meses até Julho), melhor nível de educação ( estima-se que os alunos fiquem mais tempo na escola do que nos anos 90) e migração de empregos do mercado informal para o formal, a classe média toma um novo rumo.

Vamos analisar esses pontos?
- Facilidade de compra: a pessoa faz tanta prestação e crediário que sua lista de dívidas não acaba e ela não tem dinheiro para as coisas básicas. Possui uma geladeira de última geração mas não tem comida para colocar dentro dela.
- Mais empregos criados: isso é bom, mas não o suficiente. As filas de desempregados só aumenta e a maioria dessas vagas são criadas nos grandes centros urbanos, o que força o êxodo para as metrópoles.
-Melhor nível de educação: Não há investimentos na educação pública e a particular cada vez mais se torna uma empresa.
- Migração do mercado informal para o formal: preciso comentar? Obivamente isso é muito escasso, a quantidade de trabalhos informais ( que é o ganha-pão de muitas famílias) ainda é muito grande.

Agora me respondam: somos um país de classe média ou simplesmente maquiamos uma classe mais pobre e a inserimos nesse meio, criando assim uma classe média só nossa e que não leva em consideração o PIB e as coisas que realmente dividem as classes?

Matéria no The Economist: http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=12208726

Crédito da foto para o mesmo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

De hipocrisias e guerras...

Vídeos com a primeira entrevista de Sarah Palin como candidata à vice-presidência:




Sarah Palin concedeu ontem, 11 de Setembro, a primeira entrevista como candidata à vice-presidência aos Estados Unidos pelo Partido Republicano.
Enquanto muitos pregavam a paz, Palin disse que talvez o país tenha que ir à guerra contra a Rússia. "Ver a Rússia exercer uma pressão a ponto de invadir um pequeno país democrático como a Geórgia é inacetável", disse a candidata.
Então, invadir um país que já concordou em sair do território invadido(e diga-se de passagem, graças ao Sarkozy) é aceitável?
Obviamente o que a Rússia fez é errado, mas daí formentar mais uma guerra? E de onde veio tanta hipocrisia? Estamos falando do mesmo país que passou por cima da ONU, que já usou desculpas chulas para atacar outras nações e que pediu para a Europa praticamente recolocar em prática a Cortina de Ferro contra Rússia( lembrando que a mesma fornace energia e petróleo para o continente, 1/3 se não estou enganada).
Serei completamente parcial aqui, deixarei a Carol Jornalista de lado, se os republicanos ganharem e esse "digníssima" senhora(não estou me referindo diretamente ao MCain, e nem dizendo que todo republicano é Lúcifer reincarnado) se tornar vice-presidente, eu faço minhas malas e me mudo pra Butão!


Edit: vídeo da entrevista mencionada pelo Daniel: a parte que ele fala no comentário está em 5'40''...E sou só eu, ou a Whoopie não gosta muito do McCain?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Olha o Governo aí, gente!

Época de eleição e o Governo resolve, finalmente, prestar atenção na população. Manda até o Exército e a Marinha para garantir a liberdade de voto nas comunidades.
Hoje começou a "Operação Guanabara" (opa, acabei de lembrar: preciso de pão, leite e ovos. Que horas o mercado fecha?) que conta com mais ou menos 3.500 militares do Exército, da Marinha e da PM.
A operação se resume a ficar 3 dias em cada comunidade( Rio das Pedras, Gardênia Azul, Cidade de Deus, Vila do João, Conjunto da Esperança, Vila dos Pinheiros e Nova Holanda) tirar cartazes ilegais e permitir que os candidatos possam fazer campanha lá dentro.
O porta-voz da Operação, Coronel Luiz Novaes, fez questão de explicar que as Forças Armadas não estão nos locais para dar segurança ao canditado e sim para garantir o direito de voto.
Bem que eles podiam aproveitar e reformar algumas escolas e hospitais enquanto estão por lá, né? E é claro, eu agradeço se eles diminuirem o clima de "Iraque". Quando passei pela Cidade De Deus pensei que fosse ter que descer do ônibus e apresentar meus documentos.

Pergunta: de onde esse povo tira o nome das Operações???

Crédito da foto: Site O Globo

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Big Bang Theory

O primeiro post desse blog vai falar sobre o início de tudo. Literalmente.
Começou a funcionar hoje o maior acelerador de partículas do mundo. O projeto teve início em 1994 e custou US$8 bilhões, mas só deverá mostrar resultados daqui à 2 anos( o prazo mais provável é daqui à 5 - 10 anos, de acordo com a revista New Scientist).
O LHC (Large Hadron Collider) pretende responder se o Big Bang realmente ocorreu e se o Bóson de Higgs, em que todo o modelo de física de partículas foi baseado, existiu. Se a Partícula de Deus (como o Bóson também é conhecido) for encontrada será a primeira prova de que o Big Bang aconteceu.
Porém, como todo experimento científico, há riscos. Um grupo de cientistas alega que a energia liberada pode formar buracos-negros tão intensos que serão capazes de engolir a Terra. A diretoria do laboratório garante que todos os avanços de segurança foram feitos.
Mas veja que irônico: US$8 bilhões gastos num experimento para descobrir se houve o Big Bang e ele pode acabar com o nosso planeta.
Por via das dúvidas, realizem os seus sonhos nos próximos 2 anos, e se você for mais otimista nos próximos 10.